O avanço contínuo, que já dura seis meses consecutivos, foi impulsionado principalmente pelos setores de transporte aéreo de passageiros, hotéis, restaurantes e agências de viagens, dentre outros FOTO: MTur

O setor de turismo brasileiro segue apresentando resultados robustos, com um crescimento de 9,2% na atividade turística em novembro de 2024, comparado a igual mês do ano anterior. O avanço contínuo, que já dura seis meses consecutivos, foi impulsionado principalmente pelos setores de transporte aéreo de passageiros, hotéis, restaurantes, agências de viagens, serviços de reservas e espetáculos culturais, como teatros e shows musicais, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice geral de atividade turística no país também registrou um crescimento de 2,9% no acumulado de 2024, comparado ao ano anterior. A evolução é notável, especialmente em relação aos serviços ligados ao transporte de passageiros e lazer, como serviços de bufê e atrações culturais, que seguem sendo os motores principais desse desenvolvimento.

Destaques regionais

Entre as unidades federativas analisadas pelo IBGE, 15 estados apresentaram aumento significativo nos serviços ligados ao turismo. Santa Catarina se destacou com um impressionante crescimento de 15,9%, seguido pela Bahia (14,2%), Paraná (13,6%), Rio de Janeiro (10,5%) e São Paulo (7,9%). Apesar do crescimento mais moderado no estado paulista, o local mantém sua posição como um dos maiores polos turísticos do Brasil, contribuindo consideravelmente para o aumento geral do setor.

Na avaliação do Ministério do Turismo, os dados indicam um panorama positivo para o turismo no país, refletindo o potencial crescente de várias regiões, que têm diversificado suas ofertas e atraído mais turistas. Com a chegada da alta temporada, a expectativa é que esses números continuem a subir, especialmente em destinos tradicionais e emergentes.

Transporte 

O transporte de passageiros, um dos principais impulsionadores do crescimento do turismo no Brasil, registrou um aumento de 16% em novembro de 2024, comparado ao mesmo mês de 2023. Esse foi o terceiro mês consecutivo de crescimento positivo para o setor. No acumulado de 2024, o transporte de passageiros registrou alta de 2,1% em relação ao ano anterior.

As melhorias nas frequências de voos, a maior conectividade entre cidades menores e grandes centros turísticos, além da modernização da frota de ônibus e trens, são fatores importantes que têm contribuído para esse desempenho. Essas melhorias não só aumentam a eficiência do transporte doméstico, mas também atraem mais turistas internacionais, que encontram mais opções de deslocamento no Brasil.

Recentemente, o Ministério do Turismo divulgou a pesquisa “Tendências de Turismo Verão 2025”, que revelou um aumento na preferência dos brasileiros por viagens aéreas. Cerca de 16 milhões de pessoas optaram pelo transporte aéreo para o verão de 2025, o que representa 27% dos viajantes, um aumento de 4 pontos percentuais em comparação a 2023, quando o percentual foi de 23%.

Turismo de lazer

A pesquisa também aponta que mais de um terço (35%) dos brasileiros planejam viajar a lazer entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, o que equivale a cerca de 59 milhões de pessoas. Com um gasto médio de R$ 2.514,00 por turista, a expectativa é que o turismo brasileiro movimente R$ 148,3 bilhões nesse período, um aumento de 34% em relação ao verão de 2024, quando o gasto médio foi de R$ 1.877,00.

Esse cenário reflete uma recuperação contínua do setor de turismo, que, mesmo diante de desafios globais, continua a se expandir e a gerar receita significativa para a economia brasileira. As altas taxas de crescimento no setor não só estimulam a recuperação econômica, mas também reforçam a posição do Brasil como um destino turístico de relevância internacional.

Com números positivos tanto em crescimento de serviços turísticos quanto em aumento da demanda por viagens aéreas, 2025 promete ser um ano promissor para o setor, com o turismo consolidando seu papel como uma das principais fontes de geração de empregos e receita para o país.