
RELAÇÕES COMERCIAIS
UE se prepara para retaliação após novas tarifas de Trump; Japão e outros países reagem
Por Redação - Em 03/04/2025 às 11:27 AM

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou que as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos representam um impacto negativo significativo na economia global
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou que as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a presidência de Donald Trump representam um impacto negativo significativo na economia global. A União Europeia (UE) se prepara para responder com contramedidas caso as negociações com Washington não avancem, incluindo tarifas sobre produtos norte-americanos. A medida visa compensar os impactos das tarifas de aço e alumínio que entraram em vigor no início de março.
A UE já planeja um pacote inicial de tarifas, que pode alcançar até 26 bilhões de euros. Von der Leyen destacou que o bloco europeu está considerando outras ações para proteger seus interesses econômicos, dependendo do desenrolar das conversas. A situação gerou reações de outros países, como França e Itália, que estão planejando novas tarifas sobre uma gama mais ampla de produtos, com foco em serviços digitais, embora ainda sem detalhes concretos.
A diretora do Federal Reserve, Adriana Kugler, alertou que as tarifas podem ter um impacto inflacionário mais duradouro do que o previsto, especialmente em setores afetados por bens intermediários como alumínio e aço. Ela enfatizou que o impacto pode se expandir por toda a cadeia de suprimentos, afetando vários setores da economia, com efeitos que podem demorar mais a se manifestar. A situação pode se complicar ainda mais com as retaliações de outros países.
Enquanto isso, a postura de Trump não poupou nem aliados nem adversários. A medida imposta atinge produtos de vários países, com a China enfrentando tarifas de 54% sobre suas exportações para os EUA. Curiosamente, países como Rússia, Cuba e Coreia do Norte foram poupados, já que suas economias estão sob sanções específicas que limitam ainda mais o comércio com os EUA, tornando a imposição de novas tarifas desnecessária.
O Japão, que também não foi isento das tarifas, expressou desapontamento, com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba prometendo ações para mitigar os danos à indústria do país. As tarifas, especialmente sobre a indústria automobilística, podem afetar negativamente a economia japonesa, com estimativas sugerindo uma possível queda no PIB. A situação deixa em aberto a possibilidade de retaliações por parte de outros países afetados, intensificando ainda mais as tensões comerciais globais.
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