INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Unimed Fortaleza lota o Teatro RioMar Fortaleza durante o seu Café com RH
Por Marcelo - Em 15/06/2023 às 8:38 PM
O presidente da Unimed Fortaleza, Marcos Aragão, realizou a abertura do Café com RH nesta quinta-feira (15), no Teatro RioMar Fortaleza, que na sua 15ª edição atraiu um público de 850 pessoas, o dobro do registrado em 2022. Isso mostra a relevância do evento voltado para a gestão e desenvolvimento de pessoas, trazendo especialistas de renome nacional e internacional.
No total foram realizadas sete apresentações falando sobre temas relevantes no dia a dia das empresas envolvendo a área de recursos humanos, como inovação, saúde emocional, liderança, futuro do trabalho, inteligência artificial, employer branding, Marketing e práticas de ESG. Um dia inteiro voltado a como a saúde e o bem estar dos colaboradores, bem como o seu acesso a novas tecnologias, podem influenciar no desempenho das companhias.
“O Café com RH sempre foi um evento menor, com a metade do grupo que participou nesta edição, muito voltado para o relacionamento. Este ano a gente ousou, pois temos certeza que os nossos valores, visão de futuro e gestão dos recursos humanos precisam atingir um número maior de pessoas. A receptividade do público em geral foi fantástica. O nosso maior desafio, agora, é inovar para superar este evento no próximo ano. O conteúdo e os palestrantes escolhidos foram muito assertivos, pois o evento é voltado para os setores de RH e as pessoas”, afirma o presidente da cooperativa.
Ele destacou que os palestrantes trouxeram assuntos muito em voga no momento e que precisam ser explorados pelas empresas, como a inovação e a inteligência artificial. “Foi muito conteúdo, temas estratégicos e trouxemos muito a cultura da Unimed Fortaleza, como a gente concebe e como funciona a gestão de pessoas dentro da nossa cooperativa. E compartilhando isso com o mercado. Pelo segundo ano consecutivo ficamos em primeiro lugar como a melhor empresa para se trabalhar no ranking de grandes empresas aqui no Ceará, segundo o Great Place to Work (GPTW), o que é muito relevante”, ressalta Marcos Aragão.
Tecnologia
Uma das palestras que mais chamou a atenção do público presente foi a do advisor, acelerador de projetos digitais e idealizador do projeto Academia Foguete, Marcelo Smarrito, com o tema ‘Inteligência artificial e o futuro do trabalho: como se preparar para as mudanças’. Ele se disse honrado de ter sido convidado para o evento e que desde 2016 tem atuado em parceria com a área de saúde, tendo colaborado para fazer o processo de transformação digital da cooperativa. E lançou o seu livro ‘Aja antes que seja tarde – Desafios digitais da lean startup às big corps’, falando sobre as novas tecnologias que estão cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas.
“Ninguém imaginava a pandemia e quando o caos veio, era muito mais uma necessidade partindo dos clientes, e não do negócio em si, fazendo com que a gente se preparasse digitalmente. E com a Unimed Fortaleza, recentemente implantamos a Academia Foguete, a maior de aulas online e ao vivo do mundo, que hoje todos os clientes da Unimed têm o direito de poder treinar nessa academia, que tem uma audiência de mais de 50 milhões de pessoas, passa dos seus 120 mil alunos. E você que é da Unimed Fortaleza tem o total direito de poder treinar lá dentro. O exercício físico é bem estar e isso protege as pessoas de amanhã ter algum tipo de problema”, explica.
Ele ressaltou que na pandemia de covid-19 foram registrados seis milhões de óbitos em todo o mundo. “A gente tem 19 milhões de pessoas que morrem por ano de doenças cardiovasculares, ou porque teve um aneurisma, um infarto do miocárdio, e isso a gente combate tirando as pessoas do sofá e levando para fazer exercícios. Essa parceria com a nossa iniciativa digital foi um movimento que fez a Unimed Fortaleza se aproximar mais ainda de mim, a despeito de eu já conhecer as lideranças que estavam dentro do Sistema Unimed. Vou falar no evento sobre o futuro do trabalho, pois os caminhos que nos trouxeram até aqui, definitivamente, serão diferentes daqueles que nos levarão daqui para a frente, pois a nossa sociedade é dinâmica, evolutiva demais, e na minha opinião vai correr grande risco quem ficar esperando para ver o que vai acontecer”, explica.
Com ampla experiência e tendo participado da aceleração do Picpay, em 2012, que hoje é a maior carteira digital do Brasil, ressalta que a inteligência artificial está aí, é eficiente, mas não tem a inteligência emocional. “Se você tem poder de processamento em alto volume e uma base de dados muito grande, quando essas duas coisas se juntam, você põe um algoritmo matemático que começa a tomar decisões para você. E ele vai se autoconstruindo. Então, para a resolução de problemas, o computador vai fazer melhor do que a gente. Para um engenheiro, ele fará cálculos mais precisos, para um médico, se for um diagnóstico comparativo, ele fará melhor. Por uma razão muito simples: o melhor médico do mundo fez 4.000 diagnósticos, mas o computador vai fazer uma comparação todos os médicos do mundo em um segundo, de forma completa e rápida. O que falta é a consciência artificial, e as pessoas fazem a diferença quando deixam de olhar para a solução técnica e trazem o que tem de melhor, que é o sentimento, a emoção, a criatividade”, assevera o palestrante.
E lembra que a inteligência artificial olha para trás e projeta uma solução. “A gente ainda consegue olhar para a frente com sensação, com emoção, com sentimento. E é por aí que a gente deve caminhar daqui prá frente. Sob o ponto de vista de solução de problema, eu adoraria ter o Chat GPT me ajudando. Mas sob o ponto de vista da conceituação, emoção, sentimento, para a inteligência artificial ainda falta um pouco. E aconselho aos jovens que todo mundo vai ter que, eternamente, aprender, a desaprender, para reaprender. Porque as coisas se resolvem muito mais rapidamente e se você acha que aquele curso que você fez, a sua faculdade, vão ser suficientes ‘ad ethernum’, esquece, você ficou obsoleto. É o lifelong learning, o processo de aprendizagem eterno que vai fazer a diferença. Aos jovens eu digo: bonitões, se preparem que vocês não vão parar e se pararem, vão ficar obsoletos”, completa Marcelo Smarrito.
‘Dez Mandamentos’
Junto com um grupo do Vale do Silício e da Europa, Smarrito ajudou a elaborar uma espécie de Dez Mandamentos que todas as pessoas terão de assimilar, para poderem viver daqui para a frente e repassou à numerosa plateia. O primeiro é Alfabetização digital – aprender a usar softwares, aplicativos, devices com desenvoltura; Alfabetização de dados – pois dado é o novo petróleo. É preciso saber acessar a informação e trabalhar com ela a seu favor; Pensamento crítico – considerando o overload de informações e fake news. Evidências versus achismos e opiniões; Inteligência emocional – capacidade de expressar e controlar emoções, empatia; Criatividade – ato de transformar ideias em realidade; Colaboração – trabalhar em equipe considerando times híbridos, remotos e, eventualmente, presenciais; Flexibilidade – aceitar que vai mudar. Resiliência mental sabendo que a mudança será constante, adaptabilidade; Liderança – ser líder não é ser chefe. É saber liderar equipes remotas, diversas, temporárias em organizações mais fluidas; Gestão de tempo – trabalhar de forma inteligente e não trabalhar mais; e Curiosidade e aprendizado contínuo – lifelong learning (LLL), aprender, para desaprender a reaprender.