A alta nos preços dos fretes marítimos de cargas conteneirizadas têm ampliado a utilização do segmento de carga geral (break bulk), que é realizado de forma individual, por meio de cargas fracionadas dentro dos navios, uma parte utilizando os big bags (sacolões) como no caso de alguns tipos de granéis sólidos. E o Porto do Pecém possui uma infraestrutura que atende a esse tipo de transporte e reduz os custos para importadores e exportadores.

Navio trouxe dez mil toneladas de produtos vindos de portos da China            Foto: Divulgação 

Tanto que neste domingo (10) atracou no Porto do Pecém o navio Papa John, vindo da China, carregado com mais de dez mil toneladas de fertilizantes em big bags, além de bobinas de aço. De acordo com o gerente Comercial da Tecer Terminais, que presta serviço operacional na unidade e desenvolve soluções em logística integrada, Carlos Alberto Nunes, essa movimentação representa o aquecimento da economia interna apesar das condições adversas do mercado exterior, como variações do dólar e a escalada dos preços do frete por contêiner.

“A chegada dessa nova carga é um grande motivo de comemoração, pois as longas filas de navios nos principais portos da China, provocadas pelos lockdowns, vêm impactando a oferta de contêineres e pressionado os custos do frete marítimo. Com isso, importadores e exportadores têm buscado alternativas com o uso do segmento de carga geral, sem a necessidade de utilizar contêineres”, explica.

Ele destaca, ainda, o trabalho realizado para aumentar o fluxo de cargas vindas da China e que a demanda vem crescendo, principalmente produtos como fertilizantes e siderúrgicos. “Com essa janela de oportunidade, os clientes têm buscado essa alternativa que é uma economia comprovada em relação ao custo de um contêiner. É uma economia de cerca de US$ 7 mil a cada 25 toneladas, representando uma grande relevância financeira”, diz Carlos Alberto.