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Vendas da LVMH caem no quarto trimestre e geram incertezas sobre recuperação do mercado de luxo

Por Redação - Em 29/01/2025 às 2:24 PM

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Após a divulgação dos resultados, as ações da LVMH caíram até 4,5% em Paris, após uma recuperação de mais de 30% desde novembro do ano passado

As vendas da LVMH no setor de moda e artigos de couro apresentaram queda de 1% no quarto trimestre de 2024, impactadas pela cautela dos consumidores durante as festas de fim de ano. A receita geral da empresa aumentou apenas 1%, abaixo das expectativas do mercado. Os resultados ficaram ligeiramente acima das estimativas, mas desapontaram os investidores, especialmente após o desempenho otimista da rival Richemont, que reportou vendas mais fortes de joias no mesmo período.

O grupo de luxo, proprietário de marcas como Louis Vuitton e Christian Dior, enfrentou desafios em um ambiente ainda afetado pela desaceleração das compras, especialmente na China, onde as vendas caíram 10% no último trimestre. A LVMH apontou que o impacto da pandemia e a crise imobiliária no país têm dificultado a recuperação da demanda. O CEO Bernard Arnault previu uma recuperação gradual da região, mas sem uma recuperação rápida.

No entanto, a unidade de relógios e joias, que inclui Tiffany e Bulgari, apresentou resultados positivos, com vendas da Tiffany crescendo 9% no período. Esse desempenho sugere uma preferência dos consumidores por itens de luxo mais caros, em detrimento de artigos de moda, como bolsas e roupas. A LVMH também se mostrou otimista em relação ao início de 2025, destacando o bom desempenho da Louis Vuitton, que registrou crescimento de dois dígitos no começo do ano.

O lucro operacional recorrente da LVMH caiu 14% em 2024, totalizando € 19,6 bilhões (US$ 20,4 bilhões), abaixo das projeções do mercado. A companhia citou custos extraordinários, como encargos relacionados aos Jogos Olímpicos de Paris, como fatores que impactaram o resultado.

Apesar dos desafios, Arnault demonstrou confiança na recuperação do mercado americano, que ele considera “em expansão”, e na marca Dior, que enfrentou dificuldades no ano passado. O negócio de vinhos e bebidas destiladas, que sofreu uma queda após o pico da pandemia, também pode registrar recuperação nos próximos dois anos, segundo o CEO. A LVMH, no entanto, descartou a venda de sua unidade de bebidas Moet Hennessy e anunciou mudanças na gestão da divisão.

Após a divulgação dos resultados, as ações da LVMH caíram até 4,5% em Paris, após uma recuperação de mais de 30% desde novembro do ano passado.

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