No acumulado de 2025, as vendas no varejo restrito, que não incluem itens como veículos e material de construção, cresceram 2,3%, FOTO: Freepik

As vendas do comércio varejista brasileiro registraram um crescimento de 0,5% em fevereiro em comparação a janeiro de 2025, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, porém, ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava uma alta de 0,8% para o período.

Apesar do crescimento modesto, quando analisado o desempenho em relação ao mesmo mês de 2024, as vendas do varejo apresentaram um avanço de 1,5%. Esse número superou as estimativas que variavam entre uma queda de 2,1% e um aumento de 2,6%, com a mediana das previsões apontando para uma alta de 1,6%. O resultado é um reflexo da recuperação gradual, mas ainda incerta, do setor.

No acumulado de 2025, as vendas no varejo restrito, que não incluem itens como veículos e material de construção, cresceram 2,3%, e o setor acumula uma alta de 3,6% nos últimos 12 meses. Esse desempenho indica uma recuperação em curso, embora o ritmo de crescimento seja inferior ao esperado pelos analistas.

Em contrapartida, o varejo ampliado, que engloba produtos como veículos, material de construção e atacado alimentício, teve uma queda de 0,4% em fevereiro em relação a janeiro. A expectativa era de estabilidade para esse indicador, com projeções que variavam entre uma retração de 2,7% e um aumento de 1,2%. Na comparação anual, porém, o varejo ampliado teve um aumento de 2,4%, superando as previsões de alta de até 4,3%.

Com um crescimento de 2,3% no acumulado de 2025 e um aumento de 2,9% nos últimos 12 meses, o comércio varejista ampliado continua a mostrar sinais positivos, embora as flutuações mensais revelem que o setor ainda enfrenta desafios para alcançar uma recuperação sustentável. O desempenho do comércio nos próximos meses dependerá de uma série de fatores econômicos, incluindo a inflação, o poder de compra da população e a confiança do consumidor.