Entre as cargas movimentadas na ZPE, o minério de ferro lidera com 2.791.313 toneladas, refletindo um crescimento de 20,3% em relação ao ano passado

A Zona de Processamento e Exportação (ZPE) do Ceará completa nesta sexta-feira 11 anos de operação, destacando-se como um pilar fundamental no desenvolvimento econômico e social do Estado. Desde sua inauguração, a ZPE movimentou quase 90 milhões de toneladas de cargas, com um desempenho notável neste ano. Entre janeiro e julho de 2024, foram movimentadas 6.140.402 toneladas, marcando um crescimento de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

O presidente da ZPE Ceará, Fábio Feijó, expressou otimismo quanto aos resultados alcançados. “O resultado positivo demonstra que estamos no caminho certo para o desenvolvimento contínuo”, afirmou Feijó, ressaltando a importância da integração da ZPE com o porto local. Ele destacou a capacidade do Ceará em atrair grandes investimentos, mesmo sem reservas significativas de recursos como minério de ferro e carvão mineral, um feito possível graças à infraestrutura oferecida pela ZPE.

Entre as cargas movimentadas na ZPE, o minério de ferro lidera com 2.791.313 toneladas, refletindo um crescimento de 20,3% em relação ao ano passado. As placas de aço vêm em segundo lugar, com 1.684.005 toneladas e um aumento de 7,5%. O carvão mineral também apresentou um desempenho notável, com 1.535.928 toneladas e uma alta de 42% em comparação com os sete primeiros meses de 2023.

A ZPE Ceará, inaugurada em agosto de 2013, foi um marco no cenário industrial do Estado. Em 2016, a primeira placa de aço produzida na siderúrgica do Setor I da ZPE foi exportada, tornando São Gonçalo do Amarante o maior exportador do Ceará. Desde então, os produtos siderúrgicos têm sido os principais itens exportados.

Segundo o secretário-executivo do Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE), Fábio Pucci, a ZPE Ceará como uma referência nacional em zonas de processamento de exportação. “Mesmo após 11 anos, a ZPE Ceará continua a ser uma referência no Brasil, com um projeto grandioso e um plano estratégico sólido de desenvolvimento”, afirmou Pucci.

O presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo, enfatizou o papel crucial da ZPE no desenvolvimento econômico do Estado e na implementação do hub de hidrogênio verde. “A proximidade com o porto e as vantagens para as empresas são diferenciais que atraem investimentos para o Ceará”, disse Figueirêdo, apontando para a importância da ZPE no processo de transição energética do Brasil.

Com o Setor II da ZPE pronto para novos investimentos, especialmente em hidrogênio verde, a ZPE Ceará está posicionada como um ponto estratégico na transição energética do país. Seis pré-contratos para instalação de unidades de hidrogênio verde já foram assinados, com investimentos que superam US$ 8 milhões até 2030 e mais de 500 hectares reservados.

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Salmito Filho, ressaltou o impacto positivo da ZPE na economia local. “A ZPE Ceará é um exemplo de como planejamento e políticas de Estado podem impulsionar o desenvolvimento econômico e criar oportunidades de negócios e empregos”, concluiu Filho, destacando a importância da ZPE para o crescimento contínuo do Ceará.

Além da siderúrgica ArcelorMittal Pecém, a ZPE Ceará abriga outras empresas importantes, como Phoenix e White Martins, reforçando seu papel como um motor de desenvolvimento para a região.