A bolsa Birkin, da renomada marca Hermès, não é apenas um acessório de moda, é um símbolo de exclusividade e status. Com preços que disparam muito além de sua etiqueta original, a Birkin se tornou um objeto de desejo inacessível para a maioria, alimentando um mercado de revenda aquecido e transformando-se em um investimento lucrativo para alguns privilegiados.

A aura de exclusividade em torno da Birkin começa desde o momento em que ela sai das butiques da Hermès. Apenas clientes com um histórico significativo de compras na marca têm a chance de adquirir uma, e mesmo assim, não têm garantia de escolher o modelo desejado. O processo de compra, conhecido como “Jogo da Hermès”, só aumenta o desejo pela bolsa, levando muitos a desembolsar fortunas no mercado de revenda.

De acordo com o Yahoo Finance, nos últimos anos, o valor de revenda das bolsas Birkin e Kelly superou até mesmo o do ouro. James Firestein, fundador da plataforma de revenda de luxo OpenLuxury, relata casos em que as pessoas dobraram seu dinheiro ao longo de uma década ao revender uma Birkin em condições impecáveis.Para muitos compradores, a Birkin não é apenas um acessório de moda, mas um investimento sólido. Enquanto 75% dos proprietários de Birkin realmente usam suas bolsas, os restantes 25% as guardam como investimento, comparável à compra de uma obra de arte.

A lenda da Birkin remonta a 1984, quando a atriz Jane Birkin expressou suas necessidades por uma bolsa funcional ao lado do então presidente executivo da Hermès, Jean-Louis Dumas, em um voo de Paris para Londres. Essa colaboração resultou na icônica bolsa Birkin, que desde então tem sido vista nos braços de celebridades e se tornou um ícone da moda.Mas foi na década de 2010, com o boom do mercado de revenda online, que o status da Birkin atingiu novos patamares, transformando-a de um acessório de luxo em um objeto de desejo inalcançável para muitos e um investimento valioso para alguns sortudos.