MUDANÇA DE GESTÃO
Cearense Jean Jereissati deixa o cargo de CEO da Ambev e assume as operações da AB InBev
Por Eduardo Buchholz - Em 28/08/2024 às 12:12 PM
A partir de 1º de janeiro de 2025, o cearense Jean Jereissati deixará o cargo de CEO da Ambev, após liderar a companhia por cinco anos. O anúncio, feito por meio de comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite desta terça-feira (27), informa que o executivo será sucedido por Carlos Lisboa, atual conselheiro da empresa. Lisboa assumirá oficialmente a posição de CEO no primeiro dia do próximo ano, enquanto Jereissati passará a ocupar a função de CEO da operação da AB InBev na Zona da América Central, o maior mercado do grupo.
Carlos Lisboa, pernambucano de formação em administração de empresas, possui uma vasta experiência na Ambev e na AB InBev, onde atuou em diversas posições de liderança nas áreas de vendas e marketing desde 1993. Antes de assumir a nova função na Ambev, ele liderou as operações da AB InBev na América Central, além de ter sido Chief Marketing Officer (CMO) no Brasil e responsável pelas operações no Canadá, América Latina Sul e Caribe.
Michel Doukeris, presidente do conselho da Ambev e CEO global da AB InBev, destacou o sucesso de Jean Jereissati e Carlos Lisboa em suas funções anteriores, afirmando que ambos são as escolhas certas para continuar desenvolvendo o potencial das suas respectivas áreas de atuação e promover a estratégia de crescimento compartilhado da companhia.
Durante sua gestão na Ambev, Jereissati foi fundamental para fortalecer as relações da empresa com o ecossistema de stakeholders, além de impulsionar a inovação no portfólio de produtos e promover uma transformação digital significativa com iniciativas como o BEES, plataforma que conecta a Ambev a bares e restaurantes, e o Zé Delivery, serviço de entrega de bebidas.
Apesar dessas inovações e recordes de vendas no Brasil, a Ambev enfrenta desafios, especialmente em suas operações internacionais. Segundo analistas, os resultados fora do Brasil, principalmente na América Latina Sul e no Canadá, ficaram abaixo do esperado, refletindo-se na performance das ações da companhia, que acumulam uma desvalorização de 5% neste ano.