A obra “Dughter”, assinada por Claire Silver foi vendida por US$ 44,100 (Imagens:  Reprodução/Christie’s)

Pela primeira vez em seus 259 anos de história, a tradicional casa de leilões Christie’s organizou uma exposição dedicada exclusivamente a obras criadas com ferramentas de inteligência artificial. A mostra Augmented Intelligence reuniu trabalhos de pioneiros da IA, como Harold Cohen, e artistas contemporâneos renomados, incluindo Refik Anadol, Pindar Van Arman, Holly Herndon & Mat Dryhurst e Claire Silver.

O leilão, realizado de forma totalmente online, arrecadou US$ 728,784 mil (cerca de R$ 4,1 milhões), destacando a crescente valorização da arte digital.

Entre os 34 lotes oferecidos, a obra Machine Hallucinations – ISS Dreams – A, de Refik Anadol, alcançou o valor mais alto da noite, sendo arrematada por US$ 277,200 mil (aproximadamente R$ 1,5 milhão). A exposição aconteceu no Rockefeller Center, em Nova York, entre os dias 20 de fevereiro e 5 de março, recebendo colecionadores e investidores do mundo inteiro.

Machine Hallucinations – ISS Dreams – A

Apesar do sucesso comercial, a iniciativa não ficou isenta de polêmicas. Cerca de quatro mil pessoas assinaram uma petição pedindo o cancelamento do evento, alegando que as obras de arte geradas por IA utilizam conjuntos de dados baseados em materiais protegidos por direitos autorais, sem compensação aos artistas originais.

Em resposta, a Christie’s defendeu os participantes do leilão, enfatizando a criatividade, o talento e a “multidisciplinaridade” dos envolvidos. “As obras deste leilão utilizam inteligência artificial para aprimorar seus corpos de trabalho”, declarou Nicole Sales Giles, líder comercial de arte digital da casa de leilões.

Confira alguns dos destaques do leilão: