
revolução médica
Cientistas desenvolvem marca-passo menor que grão de arroz e inauguram nova era na medicina
Por Marlyana Lima - Em 05/04/2025 às 7:42 PM

O menor marcapasso do mundo ao lado de um grão de arroz — Foto: Divulgação/John A. Rogers_Northwestern University
Pesquisadores liderados por instituições dos Estados Unidos anunciaram, na quarta-feira (2), um avanço inédito na medicina: a criação do menor marca-passo do mundo — com tamanho inferior ao de um grão de arroz, injetável por seringa e controlado por luz. Embora os testes em humanos ainda estejam a alguns anos de distância, o dispositivo foi apresentado como um divisor de águas no campo da bioeletrônica.
O equipamento funciona por meio de uma “célula galvânica” — uma tecnologia capaz de converter os fluidos corporais em energia elétrica, eliminando a necessidade de baterias externas. O sistema também incorpora sensores e emissores de luz infravermelha que, ao detectarem batimentos cardíacos irregulares, enviam estímulos para regular o ritmo do coração.
Além de dispensar intervenções cirúrgicas invasivas, o novo marca-passo oferece uma solução especialmente promissora para bebês com malformações cardíacas congênitas. Segundo os cientistas, cerca de 1% dos recém-nascidos que passam por cirurgias cardíacas demandam marca-passos temporários.

O dispositivo é considerado uma revolução, embora ainda não liberado para humanos
Com o novo dispositivo, esse tipo de risco pode ser drasticamente reduzido. Por não exigir fios externos e por ser absorvível ou facilmente removível, o novo marca-passo marca uma mudança de paradigma nos procedimentos pós-operatórios.
A expectativa da equipe é que, no futuro, o novo marca-passo possa ser utilizado também em adultos que se recuperam de cirurgias cardíacas, e que sua tecnologia inspire soluções similares em outras áreas da medicina.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares permanecem como a principal causa de morte no planeta, o que torna a inovação ainda mais relevante no contexto global de saúde pública. O dispositivo, avaliam os cientistas, representa um passo importante rumo a uma medicina menos invasiva, mais inteligente e centrada na experiência do paciente.
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