Em Pequim, profissionais defendem que o futuro da IA é coletivo e aberto./ Foto: © BIBF

Na 30ª edição da Feira Internacional do Livro de Pequim, que atraiu uma audiência global de 1,6 mil expositores de 71 países, a discussão central girou em torno das inovações trazidas pela inteligência artificial no mercado editorial. Realizada no Centro Nacional de Convenções da China, a feira destacou avanços como a leitura controlada por movimentos oculares, e a geração instantânea de áudio por ferramentas de IA.

Durante a conferência Pubtech, especialistas como Zhao Dongyan, da Universidade de Pequim, enfatizaram a importância de um ecossistema aberto para o desenvolvimento da IA, sublinhando que plataformas fechadas não atendem às necessidades diversificadas do mercado. A discussão ressaltou também a necessidade de controle coletivo da qualidade da informação acadêmica, onde ferramentas como a Scopus da Elsevier já incorporam IA para melhorar a busca e a precisão dos dados.

Inovações na Feira do Livro de Pequim: IA abre novos horizontes para o mercado editorial./ Foto: © BIBF

A presidente da Elsevier na China, Lynn Li, observou que, apesar dos avanços promissores, a IA deve complementar, não substituir, os seres humanos no processo editorial. Questões éticas também foram levantadas, como o papel da IA na autoria de conteúdos e sua responsabilidade legal. Empresas como Huawei também apresentaram inovações, incluindo ferramentas de leitura personalizadas que utilizam IA para recomendar livros e adaptar o design de livros digitais.

A Feira, além de ser um espaço de negócios, busca promover a formação de leitores e a interculturalidade, refletindo um esforço global para integrar tecnologia e humanidade na era digital.