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Gucci reabre histórica boutique da Via Monte Napoleone, em Milão
Por Viviane Ferreira - Em 13/12/2023 às 4:50 PM
Após mais de um ano de trabalho, a Gucci apresenta a sua flagship totalmente renovada em Milão. Com a reabertura da sua boutique histórica estabelecida desde 1951 na prestigiada Via Monte Napoleone, também conhecida como Via Montenapoleone, a principal marca do grupo Kering vira definitivamente a página de Alessandro Michele. O estilo extravagante do ex-diretor dá lugar a uma certa sobriedade e a um chic luxuoso sussurrado, marcando o reposicionamento da marca no mais alto nível.
O novo diretor artístico Sabato de Sarno, que assumiu o estilo em janeiro, ainda não conseguiu incorporar totalmente a sua estética no layout desta loja. Teremos de esperar até 2025, ano em que deverá ser implantado o seu novo conceito de loja, principalmente na Ásia. A influência do designer é, no entanto, sentida através da ênfase colocada na arte e no design em um ambiente minimalista e elegante.
A loja está equipada com uma dezena de obras de arte contemporânea, selecionadas pelo curador Truls Blaasmo nomeadamente entre artistas milaneses como Lucio Fontana ou Franco Mazzucchelli, sem esquecer os grandes nomes internacionais, entre os quais Nathlie Provosty, Jamie Poblete, Adji Dieye e Augustas Serapinas.
Estas obras estão associadas a móveis de design escolhidos com igual cuidado, poltronas e sofás da Cassina, assinados por Gerrit Thomas Rietveld ou Vico Magistretti, a mesa de centro Gladstone de Roddolfo Dordoni para a Minotti ou a poltrona La Bambola feita para a B&B Italia por Mario Bellini.
O conjunto faz parte de uma decoração clássica moderna com paredes brancas e materiais cobiçados que celebram o artesanato italiano, como o mármore que cobre o pavimento ou o vidro veneziano soprado “pulegoso” (com bolhas) nas prateleiras.
“A nova boutique coloca no centro o valor que a Gucci atribui à arte e ao design contemporâneos e incorpora a essência da beleza e do artesanato italiano. Com o objetivo de oferecer aos nossos clientes uma experiência única”, comenta o CEO Jean-François Palus em um comunicado de imprensa, sublinhando como na loja “moda e luxo atemporal coabitam em plena harmonia”.
A receita para misturar arte contemporânea com design nas boutiques das grandes maisons de luxo não é nova, como tem ilustrado uma outra marca da Kering, Saint Laurent, na ocasião da recente abertura da sua flagship na Champs-Élysées, em Paris.
O espaço milanês ocupa 1.800 metros quadrados e dois níveis. No piso térreo estão expostos artigos de couro, com destaque para as icónicas bolsas da maison e acessórios como lenços de seda. Uma longa sala foi decorada no novo tom vermelho da Gucci, Ancora, (paredes e carpete), que celebra a primeira coleção de Sabato de Sarno, exibindo 150 modelos de bolsas Jackie Notte ao longo da parede. Este vermelho bordô pontua todo o ponto de venda com pequenos toques.
A loja também abriga, claro, as coleções de prêt-à-porter feminino e masculino, além de todas as linhas de acessórios (sapatos, bolsas, óculos, joias, perfumes e outros). Possui igualmente dois salões separados para oferecer “uma experiência dedicada” aos clientes mais importantes.
Em 30 de setembro, a Gucci tinha 534 lojas em todo o mundo. A maison alcançou um volume de negócios de 2,21 bilhões de euros no terceiro trimestre, uma queda de 14% (-7% em uma base comparável) face ao mesmo período do ano anterior. Em particular, a América do Norte registrou uma queda de -22%.
Fonte: Fashion Network