
ARTE E CULTURA
Lili Meira e Cícero Marx, da Galpão Design, revelam os highlights na SP–Arte
Por Marlyana Lima - Em 04/04/2025 às 5:50 PM

Cícero Marx, Aristeu Pires e Lili Meira, na SP Arte
A SP–Arte, considerada uma das maiores e mais relevantes feiras de arte da América Latina, reafirma em sua edição de 2025 o papel de plataforma de convergência entre arte, cultura e design. Realizada no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, a feira reúne galerias brasileiras e internacionais, artistas consagrados, curadores, colecionadores e instituições culturais, consolidando-se como um dos principais eventos do calendário artístico global.
Mais do que uma feira comercial, a SP–Arte se posiciona como um festival cultural em constante expansão. Nos últimos anos, o design passou a ocupar espaço cada vez mais relevante no evento, com a presença de estúdios autorais, peças de mobiliário em edição limitada e criações que equilibram estética, funcionalidade e inovação.
Foi nesse cenário que os pesquisadores e especialistas em design Lili Meira, diretora da Galpão Design e Cícero Marx, gerente comercial da empresa, circularam pelos corredores do pavilhão em 2025, dedicando especial atenção ao 1º andar, inteiramente reservado ao design. Com curadoria apurada, acompanharam de perto lançamentos que moldam os rumos do mobiliário contemporâneo, promovendo diálogos entre tradição, forma e propósito.
Entre os destaques da visita estão os trabalhos do artista plástico Aristeu Pires, que apresentou peças marcadas por elegância, funcionalidade e identidade brasileira, e Ricardo Van Steen, cujas criações narram, por meio da forma e da materialidade, uma poética do tempo. Suas obras se destacaram pela reflexão sobre um design que ultrapassa modismos.
O estande da marca Jader Almeida também chamou atenção, ao mesclar lançamentos contemporâneos com móveis originais de época. A proposta, que valoriza o diálogo entre o design autoral atual e a memória do mobiliário nacional, foi especialmente valorizada por Lili e Cícero, que ressaltaram a importância de preservar o gesto e a permanência em tempos de consumo acelerado.
Mais do que observadores, os dois atuaram como curadores sensíveis, atentos aos detalhes, às texturas e às ideias expressas nas peças. “O design brasileiro vive um momento fértil, em que a autoria encontra o público disposto a valorizar o tempo e a profundidade dos objetos”, comenta Lili Meira.
A SP–Arte 2025 mostra que o design deixou de ser coadjuvante e passou a protagonizar uma narrativa própria dentro da feira. Com nomes consagrados, apostas autorais e propostas que dialogam com questões urgentes — como sustentabilidade, memória e inovação — o setor se consolida como um dos vetores criativos mais pulsantes da cena cultural brasileira.
- Lili Meira e Ricardo Van Steen
- Lili Meira
- Cícero
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