Ilze Scamparini no Terraço de sua casa, em Roma – Foto: Reprodução Globo

Entre coberturas jornalísticas e memes afetivos, o “telhado” de Ilze Scamparini já virou personagem à parte na televisão brasileira. A correspondente da TV Globo na Itália e no Vaticano há mais de duas décadas revelou que o famoso cenário com vista para a cúpula da Basílica de São Pedro não pertence a nenhum estúdio: é a varanda de seu próprio apartamento, localizado no sexto andar de um edifício entre a Piazza di Pasquino e a Piazza Navona, na região mais nobre e histórica de Roma.

O espaço é dividido em dois ambientes. Um deles, aberto e cercado por vasos floridos, oferece uma visão generosa da cidade e da cúpula da igreja Sant’Agnese in Agone. O outro é coberto, com móveis e atmosfera de lounge, onde Ilze costuma gravar para a Globo e também relaxar entre uma pauta e outra — ali está instalado um gazebo que virou símbolo do seu olhar sobre o noticiário internacional.

Na capital italiana desde 1999, a jornalista contou em entrevistas que levou anos até conseguir o imóvel dos sonhos, já que esse tipo de cobertura com vista desimpedida é raridade no centro de Roma — e disputada entre diplomatas, estrangeiros e produtores de TV.

Com a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, na última segunda-feira (21), Ilze foi convocada para uma de suas coberturas mais marcantes. Em poucos minutos, o que era apenas expectativa nas redes sociais se confirmou: lá estava ela, ao vivo no Jornal Nacional, diante da cúpula de sempre, com sua precisão habitual e uma presença que conforta o público brasileiro em momentos de comoção global.

A jornalista, que acompanhou de perto os papados de João Paulo II, Bento XVI e Francisco, se tornou, mais uma vez, a referência nacional para entender os ritos do Vaticano. De volta ao seu cenário emblemático, Ilze é mais que imagem — é conteúdo, é segurança, é ponte entre Roma e os que assistem daqui. E até a eleição do novo pontífice, como muitos já apontaram, “essa é a imagem que mais veremos na TV”.