Palácio da Abolição celebra 50 anos, preservando a arquitetura modernista

Sede do Governo do Ceará, lar do governador e palco de encontros e reuniões decisivos para o Estado, o Palácio da Abolição completa 50 anos hoje (4).

A construção imponente, inaugurada durante a gestão de Plácido Castelo, é formada por quatro edifícios de uma área total de aproximadamente 4.000 m2, que se estendem da Avenida Barão de Studart às ruas Deputado Moreira da Rocha, Silva Paulet e Tenente Benévolo.

Abriga, além da residência, capela, anexo e Monumento e Mausoléu do Presidente Castelo Branco.

Seguindo um estilo modernista em concreto e aço, com varandas circundando todo o prédio principal, o projeto arquitetônico de Sérgio Bernardes (escritório Sérgio Bernardes Associados e Ronaldo Vertis, do Rio de Janeiro), jardins assinados por Fernando Chacel, e construção a cargo dos engenheiros José Alberto César Cabral e Rui Filgueiras Lima.

Tido como um projeto típico da terceira geração do Movimento Moderno, o autor da planta procura tirar vantagem de sua posição e localização no topo da descida para a praia/Beira-Mar, com uma visão privilegiada. Constituída em pavilhões, a edificação é acompanhada por varandas ao longo das duas fachadas de maior dimensão.

A estrutura principal foi concebida com a utilização de tubos Mannesmann, de aço especial sem costura, compondo pilares e vigas modulados, visualmente uma alusão às estruturas de carnaúba localmente utilizadas. Nos materiais de acabamento, ganharam destaque a Peroba, o mármore Cinza Biré e pedras do Piauí e da Paraíba.

A Secretaria da Cultura (Secult), o Conselho Estadual de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam) e a pasta de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) já fizeram parte do complexo.