Special Day
Portal IN presta homenagem ao Dia das Mães com depoimentos de mamães de primeira viagem
Por Gabriela - Em 09/05/2021 às 1:00 AM
Ser mãe é algo que muda completamente a vida de uma mulher. Cuidar de um ser gerado com muito amor, além de ser uma benção, é também uma grande responsabilidade e exige cuidado, carinho, coragem e determinação. E em um ano de pandemia, então, as preocupações aumentam de maneira expressiva.
Enfrentando um mix de sentimentos e dúvidas sobre o que estava por vir, misturado a certeza de um amor incondicional ainda no ventre, diversas mamães tiveram que lidar com a ansiedade, o medo e a felicidade ao se descobrirem grávidas ainda em 2020.
Fazendo uma singela homenagem ao Dia das Mães, comemorado neste 9 de maio, o Portal IN colheu depoimentos emocionantes de sete mães de primeira viagem que tiveram seus filhos em plena pandemia. Confira como foi a experiência para Carla Laprovitera, Laime Paz Câmara, Letícia Teixeira, Mari Vasconcelos, Nathalia da Escóssia, Nathalia Ximenes e Taynã Ginepri.
Carla Laprovitera
“Ser mãe durante a pandemia foi, sem dúvidas, vivenciar momentos de grandes emoções e desafios. Ter um bebê em meio a tudo que vivemos não pode ser outra coisa, se não uma grande benção. Miguel nasceu no mesmo mês que perdi minha avó para a Covid- 19 e ver ele com saúde modificou a nossa forma de encarrar tudo e trouxe ainda mais luz e amor para nossa família. A parte mais difícil, com certeza, foi estar longe da família.
Na gestação, trabalhei somente no formato on-line, e graças a Deus não me faltaram pacientes para atender. Assim me mantive ocupada e principalmente não deixei de fazer o que amo. Aproveitei ainda para organizar a casa toda e assim preparar para a chegada do bebê. A verdade é que a gente aprende a ressignificar o que não está ao nosso alcance de se mudar. Agradeço por mesmo não tão perto como eu gostaria, ter sempre o apoio da minha mãe, irmã e cunhadas – mães que admiro grandemente – me inspiram”.
Laime Câmara Paz
“Foram emoções intensas que vivi no ano de 2020. De repente, uma pandemia mundial e a descoberta de que eu estava grávida. Depois de 14 anos de amor com Lucas, agora o fruto desse amor estava ali, começando a ser gerado dentro de mim. Para ser sincera, a partir desse momento o medo desapareceu e eu entendi esse filho como uma grande benção e um lindo sinal de esperança de Deus na nossa vida. Estar grávida em meio a tudo isso teve um lado bom para mim, que foi eu me fechar nesse meu momento tão especial e poder curti-lo intensamente. Eu fui muito feliz grávida, foi realmente mágico. Minha princesa nasceu em dezembro de 2020 e agora está prestes a completar cinco meses. Ainda estamos vivendo esse pesadelo trazido pela Covid, porém completamente realizados com nosso maior presente, nosso grande amor: Alice!
Hoje já posso dizer com todo meu coração a maior verdade de todas: ser mãe, sem sombra de dúvidas, me transformou. Foi um marco na minha vida, me fez descobrir que sou ainda mais forte do que imaginava e capaz de qualquer coisa pela minha filha. Tenho sentido da forma mais evidente o quanto ser mãe é pura doação. Doação sem esperar nada em troca”.
Letícia Teixeira
“Ser mãe para mim foi e é a maior aventura da minha vida. Um novo mundo, cheio de descobertas, desafios, medos. Mas esse novo mundo, também me trouxe uma nova Letícia, sem dúvidas, a minha melhor versão. Percebi, mais do que nunca, que a verdadeira felicidade mora dentro de um olhar, sorriso, de uma gargalhada, de dar colo e ninar meu filho, de ver suas novas conquistas, e aprendizados. Descobri um amor que eu nunca imaginei sentir, uma vontade de ser melhor a cada dia e ser exemplo de valores e princípios para ele”.
Mari Vasconcelos
“Realizei um dos meus maiores sonhos, ser mãe. Junto de tudo, um cenário desafiador, uma pandemia. Estar grávida vem junto turbilhões de sentimentos, imagine no meio de uma pandemia. Mas acredito que temos que passar pelas situações da vida de uma maneira mais positiva e tentar ver o lado bom das coisas. Isso para mim foi o segredo para passar por tudo de uma maneira “mais leve”. Foquei no meu propósito, do meu sonho, no que Deus me presenteou, já que agora eu tinha uma responsabilidade única, ser mãe, que eu precisava ser forte para cuidar dela.
Me dediquei 100% a maternidade, tive grande ajuda da minha rede de apoio, a minha família e em especial meu marido, que sempre estiveram ao meu lado em todos os momentos. Acredito que as crianças que nasceram na pandemia são especiais. Laura é luz na minha vida, sou muito sortuda de ter ela como filha, uma menina feliz que mesmo crescendo no meio desse cenário aproveita a vida de uma forma muito leve. E é dessa forma que quero educar ela, para que seja muito feliz, forte, confiante. Sempre estarei dando tudo de mim para que ela possa crescer em um mundo muito melhor”.
Nathalia da Escóssia
“Este é meu primeiro dia das mães com minha princesa Maria Thereza nos meus braços. A cada dia que passa o amor de mãe cresce dentro de mim por ela. Perante tudo isso que estamos vivendo, vejo que podemos ressignificar muitas coisas na nossa vida e ver que o amor e a união da nossa família são a base para tudo. Hoje sou uma mulher diferente, mais forte, mais completa.
Ela apareceu para alegrar ainda mais as nossas vidas, uma menina de ouro, simpática e companheira. Posso dizer que nesses seis meses eu ganhei o melhor presente da minha vida. Um renascimento. Que eu possa ser para ela o que minha mãe e a Duda, minha irmã, são para mim. Que eu tenha força, fé e amor incondicional como elas. Meu sentimento é de gratidão ainda maior nesse dia das mães”.
Nathália Ximenes
“Começo falando que maternidade para mim sempre foi um ponto que tinha muito medo, não sabia se conseguiria conciliar a rotina de mãe com a de trabalho. Tive o Rael no início da pandemia, diante de tantas incertezas nascia não só o Rael mas uma nova Nathália.
Me sinto tão privilegiada por dizer que o mundo literalmente parou para eu ter bebê. Me dediquei completamente a ele nos primeiros meses e foi incrível. Agradeço a Deus por esse presente na minha vida”.
Taynã Ginepri
“Dizem que o momento mais sublime da vida de uma mulher é a gravidez. E realmente é. Pude viver essa experiência pela primeira vez, mas quero te contar como é dar à luz numa pandemia. Anunciaram uma pandemia mundial, e de repente, ouvi pela primeira vez de modo empírico a palavra “quarentena”: todos em distanciamento social, isolados em suas casas! E uma grávida, por si só, já fica com os hormônios à flor da pele, imagine nessa circunstância!
Como mantra, sempre refletia como foi para as mulheres que geraram e deram à luz aos seus filhos durante guerras e pestes. Não há como se omitir deixar de sentir certa a angústia gerada pela situação, sobretudo mas confesso que isso sempre me deu força e inspiração para prosseguir com fé em dias melhores. Graças a Deus o meu percurso foi todo saudável, e graças à tecnologia pude falar e desabafar diariamente com minha mãe que mora lá na Itália.
Eu aqui, do outro lado do oceano, sozinha com meu esposo, aguardamos com resiliência a hora que a nossa primogênita escolheria chegar ao mundo. Dia 22 de maio, no ano de uma nova era, chegou a Ava. Desde então aprendi a ressignificar o sentido da vida e a entender que podemos suportar muito mais do que imaginamos”.