Caminhão da Mercedes-Benz
O extra-pesado Arocs 8×4 estreia no Brasil e tem ótima aceitação e vendas
Por Jota Pompílio - Em 25/10/2021 às 10:44 AM
Jota Pompílio. editor
Com 250 unidades já vendidas e com a previsão de entrega até o fim do ano, a marca alemã crê que a trajetória do recém-lançado Arocs 8×4 será uma das mais promissoras no ramo de mineração. Ainda porque, segundo estimativa da empresa, em um nicho que deverá encerrar o ano com total de 600 unidades vendidas pela rede no Brasil. Se isso ocorrer, o Arocs 8×4 irá abocanhar cerca de 30% do mercado.
“O Arocs é um projeto alemão, nascido para suportar as mais severas condições de rodagem e ambiente. Para o Brasil, novo desenvolvimento providenciou adaptações para a realidade local e região. No ano que vem, o veículo está na pauta das exportações da empresa”, adianta Roberto Leoncini, vice-presidente de vendas e marketing da Mercedes-Benz do Brasil.
Para tornar o Arocs 8×4 uma realidade em solo brasileiro, a Mercedes-Benz investiu R$ 300 milhões. Isso é parte do programa de R$ 2,4 bilhões para o período 2018-2022, além de sete protótipos, mais de 100 testes de validações e 500 mil km rodados. “Apesar de concebido na Europa, a plataforma é global. Aqui foi testado e aprovado em laboratório a céu aberto”, resume Daniel Spinelli, diretor de desenvolvimento.
O resultado deverá ao menos incomodar os rivais. Nem tanto em capacidades, mas em itens como disponibilidade e rentabilidade. o Arocs 8×4 admite 58 toneladas de peso bruto total e entrega 150 toneladas de capacidade máxima de tração. É, no mínimo, um gigante! Aceita ainda caçambas basculantes de 20 a 24 m³. O trem de força traz motor de 510 cv a 1.900 rpm, torque de 2.400 Nm (245 kgfm) a 1.100 rpm associado a caixa automatizada 12 velocidades.
A Mercedes-Benz, no entanto, garante dispor agora do veículo que proporcionará o menor custo de propriedade para o segmento. Um dos eixos para bancar a promessa está em maior disponibilidade. De acordo com a fabricante, o Arocs exige menos paradas para manutenção do que os rivais. “Em um ciclo de 18 mil horas, quase três anos, o caminhão irá parar 22 vezes a menos Só a troca de óleo é a cada 1 mil hora, o dobro da concorrência”, calcula Silvio Renan, diretor de peças e serviços.
Com o Arocs ainda, a marca criou o que chamou de Truck Off Center, modelo de atendimento no local do cliente com serviços e estoque de peças, bem como elaborou contrato de manutenção baseado em horas de trabalho do veículo.
O preço depende da quantidade de caminhões negociados, acessórios e opcionais. Mas como uma referência, parte em torno de R$ 1,1 milhão.