Jota Pompílio, editor

Comprar um veículo usado, às vezes, é loteria: você tem sorte ou herda uma tremenda dor de cabeça ao perceber futuras falhas mecânicas que vem à tona. Para não ter esse problema, entrevistamos quem é do meio. “Quem deseja comprar um carro seminovo deve considerar alguns fatores importantes como a conservação e a procedência do automóvel”, ressalta de primeira Glauco Feitosa, gerente geral corporativo seminovos da Seminew do Grupo Newland.

Glauco Feitosa

“Quando se decide comprar um carro, além do desejo de ter determinado modelo, pode-se começar a filtrar por um que mais se adeque às suas necessidades, como também o valor que cabe em seu orçamento. Lembrando sempre que se o valor do carro desejado for maior do que se tem para investir de imediato, terá sempre solução do financiamento. Daí é só ver o plano que fica mais confortável para se pagar”, pondera o expert.

Glauco deixa bem claro que como a opção é por um seminovo, ele aconselha que a procura seja feita em lojas conhecidas pela segurança em suas operações. “Essa escolha é muito importante para toda a sua experiência de compra, e utilização do carro. A maioria das concessionárias autorizadas das marcas de veículos tem seu departamento de seminovos”.

Laudo em mãos!

O gerente informa que como a maioria dos clientes não são especialistas em automóveis, deve-se dar preferência aos veículos com laudo de vistoria cautelar. “Esses laudos feitos por empresas especializadas verificam toda a estrutura do veículo, bem como a documentação. Apontando as inconformidades, esclarecendo a maioria das dúvidas que se pode ter sobre um carro”.

Sentindo o volante

O profissional cearense salienta que o test drive é muito importante para se ter a certeza de que se está fazendo a escolha perfeita para o seu perfil, “além de nesse momento poder-se atestar se está tudo funcionado conforme se espera que esteja”.

Segundo ele, feita a escolha do seu carro, definido a forma de pagamento, agora só falta transferir para o nome do cliente e agendar a entrega. “Parecem poucos passos para a realização de uma conquista, mas a falta de cuidado em qualquer um deles, pode acarretar em alguns transtornos. No mais é observar o funcionamento do seu carro, dar as devidas manutenções, e ser feliz com seu novo carro”.

Da nossa interview que tivemos com o gerente da Seminew, a Road in separou umas dicas valiosas para você não entrar no prejuízo.

Bancos em má conservação e forrações

É preciso tomar cuidado com manchas que podem surgir ao longo da utilização do veículo. Manchas de uso podem causar um aspecto de excesso de quilometragem que não agrada aos compradores. O mesmo vale para o forro do teto e para os plásticos do painel. Por isso, é importante manter o veículo sempre limpo e, anualmente, providenciar a limpeza dos tecidos internos. Ao fazer a análise de um carro em potencial para compra, o comprador deve observar bem todos os detalhes do veículo, principalmente maçanetas, bancos, acabamentos e etc.

O brilho da pintura

A ação do tempo sempre provoca reações na pintura do automóvel, principalmente no Brasil que possui um clima muito variado ao longo do ano. Por isso, é preciso ficar atento com algumas providências que garantem uma duração prolongada. A dica é que a cada seis meses se faça uma aplicação de cera automotiva e a cada 12 meses providencie a cristalização da pintura, que recupera a tonalidade original do carro.

Barulhos incômodos

A má qualidade do asfalto das cidades pode causar novos ruídos em carros que rodam com mais frequência. Por isso, quem vai comprar precisa ficar atento aos barulhos que aparecem no veículo para que possam ser feitos os devidos reparos. E na hora de conhecer o carro, o comprador deve prestar atenção nisso, e procurar fazer o test drive com os vidros fechados para facilitar a escuta dos ruídos do automóvel.

Origem

Um bom exemplo é verificar se o veículo tem passagem por leilão ou se já sofreu algum tipo de sinistro. Essas informações ficam registradas em um banco de dados das seguradoras e isso pode implicar na recusa do seguro.

Quilometragem

Atenção ao odômetro adulterado

Adulterar o odômetro é um dos mais recorrentes golpes na venda de carros. Essa prática faz com que o carro pareça ser mais novo e pouco rodado, visto que a quilometragem nesse caso fica bem abaixo da real. A dica para escapar disso é verificar o estado de conservação dos outros itens do veículo, como volante, pedais, bancos e câmbio. As condições dos componentes do carro devem ser coerentes com a quilometragem apresentada no odômetro.