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Para Citroën, Nordeste cresceu mais de 50% em vendas, vê o C3 brilhar e prepara Novo SUV C3 Aircross

Por Jota Pompílio - Em 30/10/2023 às 2:12 PM

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Vanessa Castanho e o Novo C3 – modelo que está colocando a marca no rol das grandes em vendas

A In Road teve o privilégio de entrevistar a primeira executiva a comandar a operação da Citroën na América do Sul, Vanessa Castanho. A vice- presidente é uma executiva com carreira próspera no setor automotivo. Depois de 23 anos na Renault, um período sabático, empreendedorismo com uma empresa de energia solar, ela assumiu a vice-presidência da Citroën na Stellantis.

É bom salientar que sob sua tutela e a força do Grupo Stellantis, a Citroën saiu de anos seguidos no vermelho e colocaram a marca de “volta aos trilhos” com um crescimento já no primeiro ano de fusão. Com apenas um automóvel nacional, o C4 Cactus, a executiva seguiu com o plano traçado ainda antes da fusão, na PSA, com o lançamento de carros acessíveis da linha C-Cubed, cujo primeiro representante foi o novo C3, lançado há cerca de um ano e o mais vendido da marca hoje.

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Antes da chegada do novo C3 Aircross, a Citroën já apresentou a linha 2024 de seu SUV compacto que já está nas lojas.

 

Qual foi a importância da fusão da PSA com a FCA para Citroën no mercado brasileiro?

A Citroën, assim como as outras marcas do grupo Stellantis, se beneficia totalmente da sinergia do grupo. Os benefícios dessa fusão vão muito além da produção de veículos e incluem, por exemplo, a otimização de sistemas e uma estrutura competitiva de pós-vendas. O Polo Automotivo Stellantis de Porto Real (RJ) já conta com os mais modernos equipamentos e métodos de produção, e está contemplado dentro de um ciclo de investimento de R$ 2,5 bilhões até 2025. Isso valoriza a expansão da indústria na região e reforça a confiança que temos em nosso país.

O resultado dessa fusão é uma empresa sólida, totalmente focada a entregar o melhor produto a seus consumidores e retorno a seus acionistas. Sua diversificação abre novos caminhos rumo à eletrificação, além da unificação de soluções e ajuste de custos por conta do compartilhamento de projetos e componentes. No caso do Novo C3 podemos citar, entre outras inovações, o uso do moderno motor Firefly de três cilindros da Stellantis, que entrega o máximo de eficiência sem comprometimento da eficiência. E no futuro teremos muitas outras sinergias que são fruto da fusão dos grupos.

Metal, Stainless Steel Texture

Vanessa Castanho

Na Argentina, principalmente na capital, eu percebi que os portenhos amam marcas francesas. Peugeot, Citroën e Renault há em profusão. Essa aproximação se dá porque é cultural (já que eles amam a França) ou porque o marketing da Citroën é melhor que no Brasil? Aproveitando, o cliente brasileiro pensa igual ou diferente do argentino ao comprar um carro?

É preciso levar em conta diferenças culturais: a Citroën, além das outras marcas citadas, está presente na Argentina há muito mais tempo que no Brasil. Os argentinos tiveram a oportunidade de conhecer a Citroën através de muitos modelos icônicos que nunca existiram por aqui, como o 3 CV e o Ami 8, e que contribuíram para o desenvolvimento da imagem da marca por lá. Além disso, posso assegurar que, no Brasil, há muitas pessoas que são realmente fãs da Citroën. Nossa história é incrível e uma das mais ricas da indústria. É importante também entender que esses mercados possuem diferenças relacionadas à infraestrutura, combustíveis e tributação que resultam em ajustes pontuais na gama para atender às demandas de todos os países. Mas todos os clientes da América do Sul — pois estamos presentes em dez países — têm em comum o desejo por carros de qualidade, robustos, com design marcante e acessíveis, que são exatamente os pilares da Citroën.

Antes de existir a Stellantis, modelos Citroën eram associados a maior valor e de produtos mais sofisticados. Hoje, a marca posiciona para o segmento de entrada, de volume como o novo C3. Você acha que a marca está no caminho certo?

Quando a marca ampliou suas operações no Brasil, na virada deste século, houve uma opção de seus representantes à época de ressignificar a Citroën. Essa mudança a separou de seus pilares na Europa. Esse alinhamento com o DNA original da Citroën recomeçou nos últimos dois anos, sem prejuízo ao cliente, que sempre será o nosso foco. A acessibilidade da Citroën passa pela lógica do cliente pagar somente pelo que utiliza, e não por diversos equipamentos que não fazem parte do seu dia a dia e influenciam no preço final do veículo. Com esse foco, conseguimos posicionar nossos produtos para uma faixa maior de clientes que, em alguns casos, só teriam possibilidade de ter acesso a um veículo usado. Isso resume o mote da Citroën: uma marca para todos, com nenhuma outra. Posso assegurar que estamos no caminho certo porque a Citroën também se reinventou como uma marca popular que oferece soluções de mobilidade acessível para todos e focando no bem-estar a bordo, sempre em linha com a visão do nosso fundador, André Citroën. Os novos produtos que estamos lançando no mercado brasileiro e sul-americano são exatamente a materialização desse posicionamento. O Novo C3, por exemplo, é um modelo com um preço atrativo, excelente espaço interno (é um B-Hatch com porte de B-SUV), e ótima dirigibilidade, características essenciais e típicas de um Citroën.

Projeto Cc24 Citroen 2

Projeção do que será o Novo SUV C3 Aircross: plataforma CMP é a mesma do C3, mas o entre-eixos será maior

Como a Citroën vê o Nordeste e especificamente o Ceará como mercado consumidor?

O Nordeste e o Ceará são mercados essenciais para a Citroën. Por isso estamos investindo em uma ampla rede de concessionários, com mais de 20 pontos só na região e uma cobertura de 80% do território nacional. Além disso, em menos de um ano a marca registrou um crescimento de mais de 50% na região Nordeste, resultado dessa abrangência que é essencial para a marca e garante o melhor atendimento de pós-venda a nossos consumidores. Além disso, o povo nordestino é multicultural e com muita personalidade, valores presentes também na Citroën.

Daria para você dar um spoiler de lançamentos que virão para 2024 e que modelos, na sua opinião, brilharam em 2023 da marca?

O ano de 2023 marcou a consolidação do Novo C3 como um produto de destaque em seu segmento, atingindo TOP 5 no varejo do segmento B-Hatch acumulado do ano, reunindo atributos como o maior porta-malas da categoria, multimídia Citroën Connect Touchscreen de 10 polegadas com Android Auto e Apple Carplay sem fio e muita atitude SUV. Também tivemos a chegada do Novo SUV C4 Cactus 2024 e da Edição Limitada Noir, com novidades visuais embaladas pelo motor THP de até 173 cv, com uma aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 7,7 segundos e 212 km/h de velocidade máxima.

Vamos ter muitas novidades em breve, mas não posso contar tudo! O que já posso adiantar é que logo vamos lançar o Novo SUV C3 Aircross, que será o primeiro B-SUV do mercado com a oferta de sete lugares, além de outros itens inéditos e com um posicionamento de preço muito competitivo. Também teremos o Ami, uma solução de mobilidade incrível que estamos ansiosos para apresentar ao mercado brasileiro e sul-americano.

A pergunta final é “à queima roupa” para despertar tua alma de vendedora: porque o brasileiro precisa comprar um Citroën?

Primeiro de tudo porque a Citroën reflete a personalidade de muitos brasileiros: autênticos, preocupados com a sustentabilidade e que valorizam muito o seu dinheiro, especialmente na hora de comprar um carro. Por isso, é essencial que esse modelo entregue tudo o que ele e sua família precisam, com eficiência, robustez e, claro, um design único. Além do carro em si, a Citroën presta muito atenção na oferta de acessibilidade 360º para todos os modelos da marca. Isso quer dizer que pensamos nas necessidades do cliente não só no momento da compra, com preço e financiamentos atrativos, mas consideramos o custo do seguro, das peças e das revisões, ou seja, tranquilidade!

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