Test drive
Nova Strada Volcano transita com agilidade, segurança e até conforto
Por Jota Pompílio - Em 01/02/2021 às 11:56 AM
Jota Pompílio, editor
“Essa é a Nova Toro?”, algumas pessoas me perguntavam quando eu estacionava a Nova Strada Fiat em sua versão Volcano – a top de linha. Não é de estranhar a pergunta, pois o visual destacado pelo faróis em LED, as barras teto, o acabamento mais sofisticado com revestimento em tecido e couro e a tecnologia aproximam-se da picape maior.
A Road In passou 10 dias com a Nova Strada, o quarto modelo mais vendido em 2020, cedido pela própria Fiat e confesso que mais gostei de imediato foram o espaço interno e o desempenho do motor 1.3 Firefly em ruas e rodovias. Na CDA – autorizada Fiat do Grupo Carmais, em Fortaleza, a versão custa R$ 84.490,00 e suas vendas estão bem aquecidas.
Espaço generoso
Maior, mais larga e alta em relação a anterior, ela cabe bem em garagem de porte pequeno. Na cidade, boa para estacionar. No comércio, ótima para levar e trazer mercadoria sem perder o conforto de carro de passeio. Acredito que o “grande lance” da Nova Strada é esse: seu uso misto de uma forma simultânea, a trabalho e a lazer.
Com 4,480 metros de comprimento, 1,732 m de largura, 1,575 m de altura, a distância entre eixos também cresceu e passou para 2,737 m.
A caçamba leva 844 litros ou 650 quilos e que ficou mais leve de acionar. Uma mola diminuiu o esforço para abertura e fechamento. O acesso é bom e vem protegido com plásticos reforçados, sendo fácil de embarcar carga e travar a capota marítima. Ah, já que estamos falando de traseira, nas rés, sua câmera e sensores de estacionamento o ajudam a não colidir em nada.
Sobre ruas, estradas e areia
O desempenho do 1.3 Firefly surpreende. Com pouco mais de 1.100 quilos da picape, os 101 Cv e força (torque) de 13,7 kgfm (gasolina) a 109 cv e força de 14,2 kgfm (etanol) garantiram agilidade nas ruas e respostas rápidas na estrada, principalmente acima dos 2.500 giros. A subida da Serra de Guaramiranga foi tranquila. A relação de marchas curtas ajudou com trocas precisas. Em nenhum momento a picapezinha perdeu a força.
O câmbio manual de cinco marchas distribuiu bem os 101 cv do motor e, em determinados momentos, como no limite da rodovia de 110 km/k deu a impressão que em retas renderia melhor com uma sexta marcha. A suspensão bem ajustada garantiu conforto sem comprometer a estabilidade. A caçamba, sem carga, só vibrou pouco em velocidades mais elevadas.
A Volcano rodou bem na estrada de terra ou areia fofa. Na areia fofa bastou acionar o botão do controle de tração com função de bloqueio eletrônico para transferir a força para a roda com maior aderência. Opcionais, os pneus de uso misto 205/55 R16 ATR, que facilitam rodar em qualquer terreno, colaboraram tanto na terra quanto na praia.