Impressões ao dirigir
Testamos o inédito SUV da Fiat e olha: vale tê-lo em casa, viu?
Por Jota Pompílio - Em 14/02/2022 às 10:45 AM
Jota Pompílio, editor
Atrasado ou não, o Pulse, o primeiro SUV da Fiat, é uma realidade em nossas vidas e este SUV italiano, de contornos bem rebuscados, promete ser um dos mais vendidos do mercado. Em janeiro, embora novato, foi o terceiro em seu segmento em vendas. Por quê? Preço sedutor, design apaixonante, bom acabamento interno…e a dirigibilidade? Bom, é isso que tô repassando de uma forma detalhada, nas linhas abaixo, as minhas impressões através do test drive que fizemos de Fortaleza (CE) à bucólica Guaramiranga – região serrana do Ceará.
A versão que peguei foi a “Audace”, a intermediária que na Vouga, autorizada do Grupo Carmais, está por R$ 112.490,00. Porém, ainda há mais quatro versões. A de entrada é a Pulse Drive 1.3 Flex de R$ 87.990,00, com câmbio manual e que está vendendo feito água pelo Brasil inteiro. “As versões têm opcionais que podem acrescer no preço. A cor, por exemplo, também é um opcional”, enfatiza Tiago Rocha, gerente da Vouga.
Encara tudo
A bordo do Pulse, a primeira impressão ao dirigir é que o compacto SUV se comportou bastante capaz no circuito off-road leve, em subidas íngremes de serra, chão de piçarras, valas e pedregulhos de riachos. Na maioria dos casos, nem precisa do TC+, que pode ser acionado por um botão no teclado de controles que fica no centro do painel. A boa dirigibilidade é um ponto forte do Pulse, a posição de dirigir é bem elevada (devo lembrar que sou baixinho), mesmo quando o assento fica na posição mais baixa. Afinal, o carro é um SUV, né?
Na pista de asfalto o motor 1.0, turbo, o mais potente da categoria, demonstrou força em retomadas, ultrapassagens em pequenos espaços. Para eu ter mais segurança, bastava eu apertar um botão vermelho SPORT que fica no volante para ele me “empurrar” com alguns cavalos a mais. Bom demais!!!!!!
Ao rodar com o carro no trânsito da cidade, com menos veículos por causa de fim de semana, ele demonstra boa desenvoltura nas retomadas de velocidade e seu giro é excelente! Faz de 0 a 100km/h em 9,6segundos.
Inside
Por dentro, o Pulse é diferente de todos os outros da Fiat. O volante de direção tem um desenho inédito, os porta-objetos (18 no total, viu!) tentam aproveitar os mínimos espaços do carro e o painel é dividido por um elemento que o designer Peter Fassbender chamou de “asa”. Essa asa (que pode mudar de cor dependendo da versão) tem um pequeno ângulo que permite deixar a multimídia flutuante e os controles de vários instrumentos todos juntos e voltados para o motorista. Nos 25,1 litros de porta-objetos há um espaço exclusivo para a chave presencial (muito útil, mas quase nunca oferecido por outros fabricantes).
Ainda na pista, o Fiat Pulse mostrou boa desenvoltura e rolagem de 2,8 graus nas curvas, um número igual ou melhor do que alguns concorrentes. E olha que a curvas eram bem estreitas! O torque vetorizado é um item importante na estabilidade do carro. De uma maneira geral, as impressões com o Fiat Pulse 1.0 turbo, de 130 cv, foram positivas. Sentimos o SUV no cotidiano real, no para e não para da cidade, em curvas mal projetadas, buracos à espreita, terrenos acidentados e até areia de praia. Foram situações que o Pulse deve tirou de letra. Na minha opinião, o SUV italiano vale cada centavo e é uma ótima compra!
O SUV é bonito, tem opção de pintura bicolor em todas as versões e utiliza rodas de 16” e 17”. O Pulse foi 100% desenvolvido no Brasil e tem potencial para dar um impulso ainda maior à Fiat, que já é líder de mercado. Segundo Tiago, o Fiat Pulse ainda só não está vendendo mais, porque a fábrica não está acompanhando a demanda que tá grande. Se a entrega tivesse normalizada, em janeiro, o Pulse estaria na liderança. Mas isso é questão de tempo e tudo voltará ao normal”, pondera.
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