Yaris, o Toyota brasileiro já recheado de mistéééério

Por Admin - Em 17/10/2017 às 10:40 AM

No mês passado, a Toyota bateu o martelo que o Yaris será produzido no Brasil e disse à queima roupa que irá investir R$ 1 bilhão na fábrica, em Sorocaba (SP), para viabilizar a produção do inédito modelo. Veículo este que ficará posicionado, segundo a fabricante nipônica, entre Etios e Corolla. 

Na apresentação, a montadora japonesa fez questão de manter “a sete chaves” as especificações técnicas do hatch que deverá ser lançado no ano que vem, em 2018. É como disse uma das personagens da novela (Tieta) que está sendo reprisada, Dona Milu: “mistéééério”. 

Especulação daqui, especulação dali, nos bastidores cota-se que ele será oferecido com o motor 1.5 16V Dual VVT-i Flex do Etios, capaz de gerar até 107 cv e 14,7 kgfm de torque – números bem próximos do Fiat Argo 1.3. Há também quem pense por outro prisma, que ele virá com motor mais potente, como Gabriela Carvalho, gerente comercial da Newland (foto) – autorizada da marca em Fortaleza. A profissional avalia que o Yaris veio pra agregar o portfólio da Toyota em um segmento que ainda não existe. “Portanto, eu definiria o Yaris na categoria dos ‘compactos premiums’. Quanto à motorização, não se tem nada oficial. Não temos como afirmar. Mas com certeza, deverá vir acima de 1.5 flex, uma vez que o próprio Etios já vem com essa motorização”, ressalta Gabriela. 

Sobre uma possível canibalização, isto é, do novato Yaris tirar vendas de seus irmãos, Corolla ou Etios, a diretora pondera e afirma que ele deverá ficar entre o Etios e o Corolla sim, mas cada qual em seus segmentos. “Não creio que irá ter uma canibalização, pois cada produto tem seu nicho bem definido. O Etios, na categoria dos compactos e sedãs de entrada, o Yaris já nos compactos premium e o Corolla nos sedãs médios”, detalha.

Já que a Toyota não dá as especificações oficiais, profissionais da mídia e alguns dando uma de *Sherlock Holmes sugerem, por informações cruzadas, que as versões mais caras e completas (que devem chegar na casa dos R$ 75 mil), trarão sob o capô o 1.8 do Corolla, capaz de produzir 144 cv e entregar 18,6 kgfm de torque com etanol.  Bom, é como disse o detetive, “elementar, meu caro Watson!”. 

Vida real, modelos reais

Deixando o planeta especulativo de lado, vamos aos concretos, ok? Em Fortaleza, atualmente, o modelo que mais vende na Newland, segundo ela, é o Etios, “pois trata-se de um carro de volume e por estar num segmento de carros populares, juntamente, com as montadoras de grande giro como Fiat, GM e VW, acaba tendo uma maior representatividade em nosso volume total de vendas, que é em torno de 40%”, contabiliza. Na Newland, o Etios custa hoje R$ 48.990. Porém, a autorizada cearense até sábado está com uma promoção, de R$ 45.990. Isso o que a Road In andou sondando.

Em segundo, a expert em marketing afirma que é o Corolla “que, diga-se de passagem, é o carro mais vendido do mundo com 30%”, salienta. Depois, a Hilux com 20% e SW4 com 10%. “Contudo, todos eles com uma participação de mercado acima da média nacional”, pondera. O Corolla custa R$ 94.000, o de entrada.

Sobre uma possível queda nas vendas quando o SW4 era o “carro da polícia”, que custa R$ 165.800, a flex, Gabriela mostra o contrário. Ela diz que a demanda pela SW4 sempre foi alta. Mesmo quando existia esse modelo no Projeto Ronda, “as vendas permaneceram estáveis, sem nenhum tipo de interferência, seja ela positiva ou negativa. A SW4 dentro do segmento em que atua, detém cerca de 70% a 80% do mercado nas praças em que atuamos”, finaliza. 

*Detetive famoso criado pela ficção na Literatura inglesa através do médico e escritor Sir Arthur Conan Doyle. 

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