“Câncer”! Para muitos é um nome proibido e sinônimo de má sorte, mas, não é censurando a doença que podemos combatê-la, a estratégia tem que ser exatamente o oposto: o conhecimento! As grandes revoluções nos tratamentos para os mais diversos tipos de câncer somente são possíveis graças ao desenvolvimento de pesquisas voltadas à essa temática, sendo a Pesquisa Clínica na Oncologia, uma realidade cada vez mais frequente como ferramenta no auxílio para o desenvolvimento de terapias inovadoras, como as imunoterapias, terapias-alvo, modalidades radioterapêuticas e muito mais.

Natanael Nascimento destaca as novas modalidades terapêuticas                   Foto: Divulgação

De acordo com Natanael Nascimento, enfermeiro coordenador de Pesquisa Clínica do Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO), o câncer de bexiga, considerado o sexto mais frequente no mundo todo, pode ser dividido, quanto aos estágios, de três formas: inicial, avançado e metastático. O tratamento depende do estágio de descoberta da doença, mas pode ser realizado com cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia.

“Novos estudos clínicos surgem frequentemente com intuito de buscar melhores respostas com terapias conservadoras, possibilitando uma melhora significativa na qualidade de vida, como é o caso do Estudo Clínico SunRISe-2, atualmente ativo no CRIO, em Fortaleza. O estudo conduzido no CRIO traz novas modalidades terapêuticas, associando quimioterapia intravesical (dentro da bexiga) com imunoterapia (estimulador do sistema imunológico) para pessoas com câncer de bexiga que não fizeram cistectomia (retirada da bexiga)”, disse.

O grande diferencial é o dispositivo com tecnologia inovadora que permite a liberação da medicação intravesical por mais tempo e uniformemente, que promove uma ação local, associado ao tratamento sistêmico com a imunoterapia que estimula o sistema imunológico a combater as células cancerígenas especificamente. “Mas daí você me pergunta: ‘Quais as vantagens de participar de um estudo clínico?’. Eu te respondo que existem várias, mas cabe ao potencial participante ponderar a respeito com seu médico e os investigadores que trarão maior clareza sobre as reais vantagens caso a caso”, salientou.

No geral, os estudos clínicos promovem as tecnologias mais inovadoras descobertas e ainda não disponíveis para o público em geral, com acompanhamento bem próximo e especializado. “Fato é que a ciência e a tecnologia, hoje, trabalham juntas no desenvolvimento de estratégias de prevenção e combate ao câncer. Este inegavelmente é uma realidade cada vez mais presente em nossas vidas, sendo o conhecimento, nossa arma mais eficiente nessa luta”, completou Natanael Nascimento.