O nível geral do indicador permanece em uma zona considerada “confortável”, abaixo dos 110 pontos, pelo terceiro mês consecutivo FOTO: Agência Brasil

A incerteza no ambiente econômico brasileiro voltou a diminuir em novembro, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) caiu 1,4 ponto em relação a outubro, chegando a 107,6 pontos. No cálculo de médias móveis trimestrais, houve queda de 1 ponto, para 107,7 pontos.

Segundo a FGV, o movimento foi puxado sobretudo pelo componente ligado às expectativas dos especialistas, enquanto o indicador baseado em notícias de imprensa praticamente não variou.

A economista do FGV Ibre, Anna Carolina Gouveia, destacou que o componente de mídia refletiu temas específicos no mês. Uma leitura das palavras mais recorrentes nas notícias analisadas mostra que discussões sobre a COP30 e questões climáticas tiveram peso relevante no noticiário relacionado à incerteza.

Mesmo assim, o nível geral do indicador permanece em uma zona considerada “confortável”, abaixo dos 110 pontos, pelo terceiro mês consecutivo.

Queda consistente

No acumulado do ano, o indicador em médias móveis aponta trajetória de redução. Para a FGV, a continuidade dessa tendência dependerá do desempenho dos próximos dados econômicos. Caso os sinais positivos se mantenham, a percepção de risco pode seguir recuando.

O IIE-Br combina dois conjuntos de informações: Componente de Mídia, que mede a frequência de notícias sobre incerteza na imprensa e que, em novembro, recuou 0,1 ponto, para 111 pontos; e Componente de Expectativas, que capta a dispersão das previsões para câmbio e inflação. Esse foi o principal responsável pela queda do indicador geral, com retração de 5,8 pontos, para 90,8 pontos.

As informações são coletadas entre o dia 26 do mês anterior e o dia 25 do mês de referência, abrangendo previsões macroeconômicas e o comportamento do noticiário econômico.