CRÉDITO

Nova política habitacional deve liberar até R$ 150 bilhões ao mercado imobiliário até 2027

Por Redação - Em 09/10/2025 às 1:00 PM

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A medida tem como objetivo estimular o crédito, aquecer o setor imobiliário e aumentar o acesso à moradia FOTO: Freepik

O governo federal prepara o lançamento de uma nova política habitacional que promete injetar até R$ 150 bilhões no mercado imobiliário até 2027. O anúncio oficial está previsto para sexta-feira.

Na primeira fase, considerada um período de testes, a medida deve movimentar R$ 35 bilhões em crédito habitacional, segundo fontes do setor. A iniciativa prevê maior flexibilidade no uso dos recursos da poupança (SBPE), permitindo que os bancos utilizem parte dos valores em operações mais rentáveis, desde que mantenham volume equivalente em financiamentos imobiliários.

Atualmente, o SBPE direciona 65% dos depósitos da poupança ao crédito habitacional, 15% ficam livres para outras operações e 20% permanecem retidos no Banco Central como compulsório. A proposta do governo libera 5% desse compulsório de imediato, com previsão de liberação total dos 20% até 2027.

O SBPE soma cerca de R$ 750 bilhões. Caso todas as etapas sejam implementadas, a política poderá liberar R$ 150 bilhões ao sistema financeiro. A Caixa Econômica Federal, principal agente do crédito imobiliário, deve ser uma das primeiras a aderir, com previsão de liberar R$ 20 bilhões já no início.

Pelos novos parâmetros, 80% dos recursos deverão ser aplicados no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) — com taxa de juros limitada a 12% ao ano — e os 20% restantes no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), que opera com juros de mercado.

O governo também vai elevar o teto dos imóveis financiados pelo SFH, hoje em R$ 1,5 milhão, para cerca de R$ 2,2 milhões, atendendo a uma antiga demanda do setor. O prazo para uso flexível dos recursos deverá variar entre cinco e sete anos, conforme o tipo de operação e o valor do imóvel.

A medida tem como objetivo estimular o crédito, aquecer o setor imobiliário e aumentar o acesso à moradia, em um momento de desaceleração da poupança e de busca por alternativas para impulsionar o investimento privado.

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